Contam
as lendas que um espião foi preso e condenado à morte pelo general do exército
árabe.
Sua
sentença era o fuzilamento, mas o general tinha um hábito diferente e sempre
oferecia ao condenado outra opção: enfrentar o pelotão de fuzilamento ou entrar
por uma porta preta.
Com
a aproximação da hora da execução o general ordenou que trouxessem o espião à
sua presença para uma breve entrevista.
Diante
do condenado, fez a seguinte pergunta: o que você quer - a porta preta ou o
fuzilamento?
A
escolha não era fácil, por isso o prisioneiro ficou pensativo e, só depois de
alguns minutos, deu a resposta: prefiro o fuzilamento.
Depois
que a sentença foi executada o general virou-se para o seu ajudante e disse:
“assim é com a maioria dos homens. Preferem o caminho conhecido ao
desconhecido”.
E o
que existe atrás da porta preta? Perguntou o ajudante.
A
liberdade, respondeu o general. E poucos foram os homens corajosos que a
escolheram.
Essa
é uma das mais fortes características do ser humano: optar sempre pelo caminho
conhecido, por medo de enfrentar o desconhecido.
Geralmente
as pessoas não abrem mão da acomodação que uma situação previsível lhes
oferece. É mais fácil ficar com a segurança do que já se sabe do que
aventurar-se a investigar novos caminhos.
Pense
nisso!
Nem
sempre o caminho já batido por muitos é o caminho que nos conduzirá à
liberdade.
Nem
sempre nadar a favor da correnteza é indício de chegada a um porto seguro.
Às
vezes, é preciso abrir trilhas ainda desconhecidas da maioria, mesmo que
tenhamos que seguir só.
Por
vezes, é preciso nadar contra a corrente, optar pela porta estreita, para que
se possa vislumbrar um mundo livre, feliz, sem constrangimentos que tolhem a
liberdade.