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domingo, 24 de janeiro de 2016

POR QUE DEVEMOS ORAR PELAS AUTORIDADES?

"Exorto, pois, antes de tudo que se façam súplicas, orações, intercessões, e ações de graças por todos os homens, pelos reis, e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e sossegada, em toda a piedade e honestidade. Pois isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade." - 1 Timóteo 2:1-4

É interessante como o apóstolo Paulo adverte que "antes de tudo" oremos pelas autoridades constituídas. Infelizmente o evangelho pregado em muitas igrejas valoriza uma intercessão egocêntrica, que prioriza as orações por si mesmo. Esse é um dos efeitos perversos da chamada "teologia da prosperidade", que leva ao entorpecimento da consciência cristã e desvia os crentes do correto foco bíblico.
Ainda segundo o texto, devemos orar não só de uma, mas de diversas maneiras pelas autoridades. Devemos suplicar, ou seja, pedir com insistência, perseverança e fé na vontade do Senhor. Orar significa conversar regularmente com Deus, é uma prática diária, pelo que não podemos ser inconstantes. Precisamos ainda interceder, nos colocar no lugar do outro e tentar conhecer suas necessidades e dificuldades.
Por último devemos render ações de graças por nossas autoridades. Tenho certeza de que cada leitor pensou: "É impossível agradecer a Deus pelos políticos que temos no Brasil!".  Mas podemos agradecer ao Senhor pelos bons políticos (ainda que sejam escassos!) e por atitudes isoladas que tenham gerado efeito positivo a nossa sociedade. Certamente será muito melhor do que ficarmos apenas reclamando e nos desanimando pensando não haver saída para a crise instaurada.
Os objetivos de nossa intercessão também estão claros no texto: uma vida tranquila, sossegada, de piedade e honestidade, que conduza mais pessoas a serem salvas e libertas. Sossego e tranquilidade aqui não significam uma vida de “sombra e água fresca”, mas sim segurança. E ela não está nas mãos de governantes ou políticos, mas nos joelhos da Igreja! Oremos para que Deus nos livre de todo clima de insegurança e medo!
Por outro lado, devemos atentar as diversas tentativas parlamentares de evitar que vivamos em piedade agradando a Deus. São propostas sutis e capciosas de tolher nossa liberdade religiosa e de institucionalizar comportamentos contrários a Bíblia. Se não clamarmos hoje, talvez as próximas gerações não possam praticar nossa fé em público, ou viver uma vida de santidade segundo a Palavra de Deus. Devemos orar pelas autoridades se quisermos que nossos filhos tenham liberdade de viver sua fé em Cristo.
Um último alerta importante: quando deixamos de orar pelas autoridades estamos comprometendo o avanço do evangelho e, por consequência, a conversão de almas a Jesus. Iniciativas evangelísticas bem planejadas, às vezes com grande aporte de recursos, podem  não alcançar o sucesso previsto pela falta de intercessão pelas autoridades. Devemos orar por elas, sem olhar para as cores partidárias, pois para isso fomos chamados por Deus.

domingo, 17 de janeiro de 2016

A VERDADEIRA PROSPERIDADE

"Então Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou. E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor." - Jó 1:20,21

Vivemos dias em que a "prosperidade" invariavelmente permeia os discursos religiosos. Nesse contexto a integridade de Jó perante o sofrimento e a perda de todos os seus principais valores é um grande exemplo. Certa vez questionaram um líder religioso acerca de sua vida nababesca. Sua resposta foi: "se meu Pai é rico, porque eu também não seria?". Infelizmente esse homem não entendeu os princípios bíblicos sobre prosperidade e os seus alertas quanto aos perigos do acúmulo de riquezas (I Tm 6:9, 10).
A fidelidade de Jó, especialmente em meio a pós-modernidade, é obviamente um desafio para poucos. Nossa sociedade nos pressiona diuturnamente ao consumo, as conquistas materiais, a ascensão social, enfim, ao ter cada vez mais. O sinal da benção de Deus na vida do homem não se resume a mensurar a riqueza que possui, mas a qualidade de sua relação com o Pai, um coração cheio de fé, alguém de firme caráter e santidade mesmo em meio a escassez.
O que os cristãos modernos precisam entender é a relação unívoca que existe entre ser cristão e riquezas. Uma pessoa pode através de seu trabalho, seu talento profissional e as oportunidades que aproveitou tornar-se rica sendo um servo de Deus. Por outro lado, não podemos afirmar que todos aqueles que aceitam o evangelho de Cristo tornar-se-ão ricos. Aliás o termo "prosperidade" em seu sentido original significa avançar, progredir, desenvolver-se. Todas essas características devem estar presentes naquele que tem o Espírito Santo, mas não necessariamente elas o farão uma pessoa rica no sentido econômico e financeiro.
O texto de Mt 6:33 nos diz: "Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas". A interpretação da passagem é clara e direta, ou seja, devemos buscar como prioridade em nossas vidas as coisas espirituais. Infelizmente muitos cristãos têm visado somente bênçãos, milagres e portas abertas, mas não estão dispostos a entregar nada ao Senhor. Quando muito creem que ofertas volumosas ou fruto de grandes sacrifícios é que moverão o coração de Deus. Não é isso que Ele deseja: "Filho meu dá-me o teu coração" (Pv 23:26). A relação é inversa, quando amo ao Senhor e estou cheio de Sua presença tenho o desejo de lhe entregar o melhor como reconhecimento do que Ele tem feito em minha vida. 
A verdadeira prosperidade se encontra em confiarmos plenamente na suficiência e fidelidade de Deus, em nos dedicarmos ao trabalho e nos contentarmos com o que Ele nos concede para vivermos dignamente. Com o objetivo de cuidarmos de nossas famílias, cuidarmos de Sua obra na terra e darmos bom testemunho para o mundo abençoando os necessitados.

domingo, 10 de janeiro de 2016

ÂNIMO EM MEIO A CRISE

“Busquem a prosperidade da cidade para a qual eu os deportei o orem ao Senhor em favor dela, porque a prosperidade de vocês depende da prosperidade dela.” (Jr. 29:7)

A mídia especializada e os profetas econômicos de plantão apontam para um 2016 com alta da inflação, contração do PIB, alta do desemprego, enfim, de absoluta crise. E não só no âmbito da economia, mas também no cenário político, com a operação lava-jato, ameaça de impeachment da Presidente da República e os vários casos de corrupção em todos os escalões governamentais. Sobrou até para o nosso "esporte bretão" com os escândalos revelados na FIFA e CBF... Diante de expectativas tão sombrias, qual deve ser o posicionamento dos servos de Deus?
Podemos tirar lições maravilhosas da carta escrita pelo profeta Jeremias aos exilados judeus na Babilônia, preparando-os para 70 anos de exílio em Jeremias 29. Nos versículos 5 a 7, Deus dá instruções para o povo exilado viver, desfrutar e prosperar no exílio. Ali também os judeus deveriam interceder pela terra, pelo povo, e lutar pela prosperidade. O povo deveria viver intensamente apesar das circunstâncias. Eles estavam sobre forte pressão do governo, e numa situação desta, o normal é deixar o desanimo tomar conta do coração. Mas a ordem de Deus foi para que o povo tomasse uma atitude.
Devemos nos posicionar em relação a nossa pátria de acordo com essa Palavra. É evidente que os fatos e as constatações nos levam a fazer declarações contrárias ao governo em exercício. É lícito e uma garantia constitucional o direito de expormos nossas opiniões. Mas não podemos esquecer nossa responsabilidade espiritual, de interceder pelas autoridades e pela nossa população.
Por outro lado, se as más notícias nos desanimam quanto a vida profissional, o Senhor nos exorta a trabalharmos pela prosperidade da terra. Nossa responsabilidade como cidadãos é continuar produzindo, porque do sucesso do Brasil depende o nosso sucesso pessoal.
Lembremos das palavras de Jesus: "Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal" - Jo 17:15. Não estaremos isentos dos efeitos da crise, mas devemos crer nos livramentos que o Senhor já nos tem preparado.
Nas palavras de Jeremias Deus fala de paz, futuro e esperança. Em meio a crise isso parece contraditório, mas prova que Ele está no controle de todas as coisas. Temos que ter consciência que a vida continua e não podemos deixar de viver. Certamente não existirão soluções fáceis, mas nos voltando de todo coração ao Senhor, encontraremos o caminho da verdadeira prosperidade.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

COMEÇAR DE NOVO

"Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e o seu tronco morrer no pó,
Ao cheiro das águas brotará, e dará ramos como uma planta." - Jó 14:7-9

As circunstâncias que envolvem o início de um novo ano, invariavelmente nos levam a reflexões sobre a oportunidade de recomeçar. É uma necessidade de todos nós encontrar áreas onde possamos reiniciar nossa caminhada. A oportunidade de começar de novo é uma das coisas mais importantes da vida.
Por mais que nos esforcemos para acertar, é inevitável que em diversas ocasiões cometamos equívocos: uma palavra mal colocada, uma decisão errônea ou o desperdiçar de uma oportunidade. Mas apesar da realidade de nossas imperfeições, o Senhor na Sua misericórdia nos dá a chance de recomeçar!
É exatamente aí que devemos traçar uma linha demarcatória que separe as lembranças dos fracassos, da esperança de um futuro bem-sucedido. Na prática isto significa que devemos estar dispostos a deixar para trás as deformações de caráter que nos impediram de tomar as decisões e as atitudes adequadas para que obtivéssemos sucesso em nossa empreitada. Isso inclui mudar a maneira como nos vemos e como pensamos que Deus nos vê. O Senhor certamente tem o melhor para nós, e nos concede capacidade, pois "Ele opera em nós o querer e o efetuar".
A Bíblia nos mostra inúmeros exemplos da necessidade de recomeçar. O povo de Israel depois de desobedecer a Deus e ser levado cativo ao exílio teve que reconstruir o templo, os muros de Jerusalém, a religião e suas próprias vidas (Livros de Neemias e Esdras). A mulher flagrada em adultério recomeçou sua vida após a palavra de Jesus: “vá e não peques mais”, dita diante de uma multidão ávida pelo apedrejamento (Jo 8.11). Até mesmo o filho pródigo, com todas as suas falhas, teve uma oportunidade de recomeço junto ao pai. (Lc 15.20). Nossa própria conversão é chamada "nascer de novo”, ou seja, um recomeço para uma nova vida sob novos valores (Jo 3.3).
Alguém já disse que errar é humano. Podemos dizer que recomeçar também é. Olhemos para nossas vidas com uma atitude de ânimo e vitória. Com perseverança trabalhemos por nossas famílias, profissão, ministério, sonhos, nos voltando para Deus, pois nEle encontramos forças para essa retomada de rota.
Mudemos nosso relacionamento com o Pai, nossas atitudes cotidianas, nossos pensamentos, nossos objetivos, entendendo que quem deseja um resultado diferente precisa utilizar uma "receita" diferente. Se desejamos um bolo "floresta negra", não podemos usar a velha receita do "bolo de fubá".