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domingo, 25 de outubro de 2015

O VERDADEIRO ARREPENDIMENTO

"Esconde o rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades.
Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espírito estável.
Não me expulses da tua presença, nem tires de mim o teu Santo Espírito.
Devolve-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito pronto a obedecer." - Salmos 51:9-12 NVI


Uma das verdades incontestáveis presente na Bíblia é que o salário do pecado é a morte. Todo o contexto espiritual nos revela que o homem colhe o fruto de suas ações, e a consequência do pecado é o afastamento de Deus e de Seu plano perfeito. É a lei da semeadura: o que o homem semear isso também ceifará.
A vida de Davi foi marcada por essa verdade. Apesar de ser reconhecido como o maior rei de Israel, sofreu graves consequências em sua vida pessoal e familiar por causa do pecado. Assim como também a própria cidade de Jerusalém, que pelos seus pecados sofreu com a destruição e a miséria.
Um dos fatos mais marcantes na vida de Davi é ele ter sido chamado por Deus de homem segundo o Seu coração, apesar de todos os pecados que cometeu. Analisando friamente, é incrível que um homem que cometeu um adultério seguido de um assassinato premeditado possa ter tamanha intimidade e comunhão com o Senhor, a ponto de ser reconhecido de maneira tão maravilhosa. Qual era o segredo de Davi? Ele entendeu profundamente o que era arrepender-se e o que era viver uma verdadeira conversão.
Arrependimento é o caminho de volta a vontade de Deus, é especialmente humildade para reconhecer seu pecado e se reposicionar. É algo que acontece não só em nível intelectual, mas profundamente no espírito. Já o remorso é apenas o medo das consequências do pecado, é na verdade um sentimento egoísta, porque está preocupado apenas consigo mesmo, e não com o Senhor.
O primeiro e decisivo passo para o arrependimento é reconhecermos o nosso pecado. A palavra nos mostra que o Espírito Santo é quem convence o homem, por isso quanto mais comunhão com Ele tivermos, mais fácil será termos um verdadeiro arrependimento. O culto que o Senhor deseja de nós é racional, onde temos consciência de quem é Deus e da necessidade que temos dEle.
A religiosidade, como tentativa de aproximação de Deus através de esforços humanos, ensinou as pessoas a associarem arrependimento com punição ou penitência. Quando olhamos para a época medieval, por exemplo, vemos a origem das indulgências e penitências, como açoites e automutilações.

Desse modo muitos deixam de viver um arrependimento verdadeiro, pois pensam que os seus sacrifícios irão agradar ao Senhor. Mas o que verdadeiramente agrada o coração de Deus é a mudança de atitude, a conversão, enfim, fechar definitivamente qualquer caminho para o pecado, andando em santidade.

domingo, 18 de outubro de 2015

LUTAS PARA VITÓRIA!

"Depois de tudo o que Ezequias fez com tanta fidelidade, Senaqueribe, rei da Assíria, invadiu Judá. Ele sitiou as cidades fortificadas para conquistá-las." - II Cr 32: 1 NVI

Quais foram as ações que mostraram a fidelidade do rei Ezequias, rei de Judá, ao Senhor?
- Reformou espiritualmente toda a terra, após haver herdado o reino de seu pai, completamente destruído por causa da idolatria e das falsas alianças;
- Reabriu as portas do templo, voltou a oficiar o culto em Jerusalém, deitou fora os ídolos, e tornou a trazer os objetos sagrados que seu pai havia retirado do templo, e os colocou novamente no altar do Senhor.
Mesmo depois de todas essas boas ações, levantou-se contra Ele, o pior inimigo da época: o sanguinário Senaqueribe, rei da Assíria.
Nossa cultura é baseada na meritocracia, por isso, sempre que fazemos aquilo que é certo, ficamos, mesmo que inconscientemente, esperando a recompensa, o reconhecimento e a honra da vitória.
Isso não é errado, porém muitos servos de Deus não conseguem entender, e chegam mesmo a ficar entristecidos com Ele quando passam por lutas após entregarem suas vidas e seus valores em Suas mãos. Muitos alegam: “antes eu fazia tudo errado, e parece que não havia lutas; agora sou servo de Deus e estou vivendo isso!”. Mas como compreender essas situações?
O objetivo final de qualquer luta que passemos na presença do Senhor, é edificar a nossa fé, e nos dar soberania sobre as situações que nos dominavam. O rei Ezequias, que após ter feito a vontade de Deus estava com o inimigo às portas, deveria aprender que  a despeito do que ele pensasse ou sentisse, do Senhor viria o livramento. Ele tem um caminho que nos levará à vitória, e só há um meio de passar por ele – pela fé.
Ezequias não podia apoiar-se na própria justiça pelo que praticara, mas Deus o estava ensinando à crer em Seu poder. O diabo quer que confiemos em nossa própria justiça, pois quando essa falhar, ficaremos descobertos e perderemos a confiança; porém Deus quer nos ensinar que Ele nos livra – não porque sejamos bonzinhos ou perfeitos, mas porque temos uma aliança com Ele. O nosso livramento está na graça do Senhor através de Jesus Cristo.
Senaqueribe declarou palavras racionais, verdadeiras e convincentes:
"Eu sou o maior general da terra" - verdade;
"Nenhum reino resistiu ao meu poderio militar" - verdade;
"Vocês, um dia confiaram no Egito, e hoje o Egito está quebrado" - verdade;
"Judá será apenas mais uma conquista – mentira do diabo! Judá era diferente. Nós somos diferentes, pois o Senhor é conosco!
Não podemos nos deixar dominar pela lógica humana, a qual nos leva à destruição – o diabo tem apenas a palavra lógica, o nosso Deus tem a Palavra de poder que derruba todo raciocínio contrário aos Seus filhos! É Ele quem dá a última palavra em nossas vidas!
Não há absolutamente nada que passemos, estando na vontade de Deus, que não faça parte de um propósito dEle para nos abençoar. Às vezes somos peneirados, esmagados, lançados em covas de leões, postos em um barco no meio da tempestade – tudo isso para entendermos que não há situações em nossas vidas que possam fugir ao controle do nosso Deus! Aleluia!

domingo, 11 de outubro de 2015

SAINDO DO COMODISMO

"Então lhes declarei como a mão do meu Deus me fora favorável, como também as palavras do rei, que ele me tinha dito; então disseram: Levantemo-nos, e edifiquemos. E esforçaram as suas mãos para o bem." - Neemias 2:18

Comodismo, segundo o dicionário, é a atitude de quem não quer ser importunado, ou seja, é a atitude de quem não quer lutar, não quer movimentar-se, não age proativamente, mas prefere continuar na condição em que está, conformando-se com o status quo.
O texto de Gn 1:2 nos revela que o Espírito de Deus é dinâmico, ou seja, está em constante movimento. O processo da criação mostra um Deus que tanto traz a existência o que não existe, como transforma e aperfeiçoa aquilo que já existe. Se somos criados a Sua imagem e semelhança, concluímos que a acomodação é uma deformação de nosso caráter, que rouba nosso planos de crescimento e avanço para o futuro. Todos os grandes homens de Deus viveram conquistas e livramentos porque tiveram atitudes de fé, e não se conformaram com as circunstâncias que os cercavam.
Um dos grandes prejuízos que o comodismo nos traz é a esterilidade, pois somos roubados da nossa capacidade realizadora e já não conseguimos sair à luta para viver as realizações que o Senhor tem para nós. Além disso, muitas vezes ficamos numa condição de passividade, observando as circunstâncias contrárias sem forças para reagir.
Quando nos deixamos envolver pelo comodismo, alguns sentimentos e posicionamentos começam a se manifestar:

- Assumimos uma postura religiosa, jogando toda responsabilidade para Deus, nos eximindo de ações efetivas;
- Criticamos a pró-atividade daqueles que se levantam para agir;
- Passamos a ter uma visão distorcida, superestimando o inimigo, e nos depreciando através da baixa-estima.


Um grande exemplo de perseverança e realização é a história de Neemias e a reconstrução dos muros de Jerusalém. Ele tinha uma tarefa grandiosa a realizar, recursos escassos, uma forte oposição, mas em 52 dias terminou uma obra que permanece até hoje. Suas atitudes e posicionamentos são um exemplo para que deixemos o comodismo, e nos levantemos para executar o que o Senhor nos tem ordenado.

domingo, 4 de outubro de 2015

VOLTEMOS PARA JERUSALÉM!

"Mas os olhos deles estavam como que fechados, para que o não conhecessem." - Lucas 24:16

O que aconteceu com aqueles discípulos é o mesmo que muitas vezes acontece conosco – o fato de não enxergarmos espiritualmente as situações, faz com que tomemos caminhos humanos para longe da vontade de Deus.
Diariamente, ainda que não percebamos, fazemos opções o tempo todo, em cada situação – olhamos de modo natural, sentimos como o homem natural, e neste caso caminhamos cada vez mais para longe do plano de Deus. Por outro lado, podemos optar por andarmos de forma sobrenatural, enxergando espiritualmente o impossível, e isso envolve fé.
Se aqueles discípulos estivessem andando pela fé, jamais teriam se afastado de Jerusalém até que a promessa de cumprisse, pois Jesus havia dito “Importa que o Filho do homem seja entregue nas mãos de pecadores e seja crucificado e ressuscite ao terceiro dia” – Lc 24: 7. Além da promessa da ressurreição, havia também a maior promessa de todas para a Igreja: o derramar da presença e do poder do Espírito Santo de Deus sobre  os discípulos de Jesus – “o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós” – Jo 14: 17. Este era o caminho da fé – ficar em Jerusalém para viver a promessa; eles porém optaram por ir a Emaús, um lugar distante da promessa.
Vejamos o que esse caminho representa em nossas escolhas:
- Se o milagre aconteceria em Jerusalém, por que então eles voltavam as suas atividades corriqueiras em Emaús? Se a Palavra de Deus não volta vazia, então por que voltar atrás? Por que sair daquilo que sabemos ser o centro da vontade de Deus? Por que duvidar?
- Se havia promessas tão grandiosas para Jerusalém, como se conformar em voltar as suas vidas comuns?
- Se há promessas maravilhosas de Deus para as nossas vidas, como podemos nos conformar em não vivê-las integralmente? Como nos conformarmos com uma vida comum e não viver o sobrenatural?
Notemos que esse era o caminho deles, não o de Deus. Jesus estava presente, mas o caminho de incredulidade que eles haviam tomado, os tornou cegos para enxergar.

Que o Senhor abra os nossos olhos espirituais, e que a despeito das angústias estarem presentes pelas circunstâncias, creiamos que Jesus também estará presente – “Ele está conosco todos os dias até a consumação dos séculos”. É tempo de fazermos o caminho inverso e voltarmos a Jerusalém: o centro da vontade de Deus.