"Exorto, pois, antes de tudo que se façam súplicas,
orações, intercessões, e ações de graças por todos os homens, pelos reis,
e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e sossegada,
em toda a piedade e honestidade. Pois isto é bom e agradável diante
de Deus nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e
cheguem ao pleno conhecimento da verdade." - 1 Timóteo
2:1-4
É interessante como o
apóstolo Paulo adverte que "antes de
tudo" oremos pelas autoridades constituídas. Infelizmente o evangelho
pregado em muitas igrejas valoriza uma intercessão egocêntrica, que prioriza as
orações por si mesmo. Esse é um dos efeitos perversos da chamada "teologia da prosperidade",
que leva ao entorpecimento da consciência cristã e desvia os crentes do correto
foco bíblico.
Ainda segundo o texto,
devemos orar não só de uma, mas de diversas maneiras pelas autoridades. Devemos
suplicar, ou seja, pedir com insistência, perseverança e fé na vontade do
Senhor. Orar significa conversar regularmente com Deus, é uma prática diária,
pelo que não podemos ser inconstantes. Precisamos ainda interceder, nos colocar
no lugar do outro e tentar conhecer suas necessidades e dificuldades.
Por último devemos
render ações de graças por
nossas autoridades. Tenho certeza de que cada leitor pensou: "É impossível
agradecer a Deus pelos políticos que temos no Brasil!". Mas podemos agradecer ao Senhor pelos bons
políticos (ainda que sejam escassos!) e por atitudes isoladas que tenham gerado
efeito positivo a nossa sociedade. Certamente será muito melhor do que ficarmos
apenas reclamando e nos desanimando pensando não haver saída para a crise instaurada.
Os objetivos de nossa
intercessão também estão claros no texto: uma vida tranquila, sossegada, de
piedade e honestidade, que conduza mais pessoas a serem salvas e libertas. Sossego
e tranquilidade aqui não significam uma vida de “sombra e água fresca”, mas sim segurança. E ela não está nas mãos de governantes ou políticos,
mas nos joelhos da Igreja! Oremos para que Deus nos livre de todo clima de
insegurança e medo!
Por outro lado,
devemos atentar as diversas tentativas parlamentares de evitar que vivamos em
piedade agradando a Deus. São propostas sutis e capciosas de tolher nossa
liberdade religiosa e de institucionalizar comportamentos contrários a Bíblia. Se
não clamarmos hoje, talvez as próximas gerações não possam praticar nossa fé em
público, ou viver uma vida de santidade segundo a Palavra de Deus. Devemos orar
pelas autoridades se quisermos que nossos filhos tenham liberdade de viver sua
fé em Cristo.
Um último alerta
importante: quando deixamos de orar pelas autoridades estamos comprometendo o avanço do
evangelho e, por consequência, a conversão de almas a Jesus. Iniciativas
evangelísticas bem planejadas, às vezes com grande aporte de recursos,
podem não alcançar o sucesso previsto
pela falta de intercessão pelas autoridades. Devemos orar por elas, sem olhar
para as cores partidárias, pois para isso fomos chamados por Deus.
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